Palestras: Saiba porque os métodos tradicionais de ensino são ineficazes

Um novo estudo conclui que os estudantes que assistem apenas às aulas naquele sistema de palestra, não só não aprendem o suficiente como é um método aborrecido e pouco motivador, pelo menos quando comparado com métodos ativos de aprendizagem (como o atividades de grupo ou o uso das novas tecnologias nas salas de aula, por exemplo).


Este estudo refere-se ao sistema universitário, mas pode ser igualmente aplicado aos outros níveis de ensino.

A análise publicada online no Proceedings of the National Academy of Sciences concluiu que os professores que usam métodos de ensino mais ativos, ou seja, que transformam os seus alunos em participantes ativos em vez de serem apenas ouvintes passivos têm mais hipóteses de reduzir falhas e aumentar as medias nos exames. As melhorias nas notas dos exames são de cerca de 6%.

Concluiu-se que este tipo de aprendizagem, a abordagem que alguns chamam de aprendizagem ativa que consiste em colocar questões usando clickers, fazer chamadas aleatórias de um estudante ou de um grupo, ou fazer debates de forma a clarificar conceitos e chegar a consenso potencia em larga escala o sucesso do aluno que poderia ter falhado se apenas assistisse a palestras.

Com este estudo não se pretende defender apenas este tipo de aprendizagem ativa e negligenciar o outro modelo. Nas palavras de Noah Finkelstein, um professor de Física que dirige o STEM na Universidade do Colorado, “Há alturas em que este modelo de palestra é preciso, mas o modo tradicional do estar-e-entregar tem-se mostrado menos efetivo na promoção da aprendizagem do aluno e na preparação de futuros professores”

Este estudo não faz referência a um novo modelo de aprendizagem que tem tido cada vez mais adeptos: falamos dos MOCC. Como diz Scott Freeman, biologista na Universitdade de Washington, Seattle, “se vais a uma palestra, podes muito bem faze-lo em casa com os teus chinelos de coelhinhos calçados”




Fonte: News Science

Sem comentários:

Enviar um comentário